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Haja Paciência

  • Daniela Costa
  • 2 de mar. de 2017
  • 4 min de leitura

Segundo o Google, “Paciência” é uma virtude do ser humano baseada no autocontrole emocional, ou seja, quando um indivíduo suporta situações desagradáveis, injúrias e o incômodo de terceiros sem perder a calma e a concentração. A paciência é principalmente baseada na tolerância com os erros alheios ou diante situações e fatos indesejados.

Pela definição é evidente que qualquer pessoa que queira ser feliz, seja na vida pessoal ou na profissional, terá de ser paciente! Mas a realidade é outra: muitos parecem ser pacientes e conhecem a teoria mas a prática é outra.

Eu mesma já fui mais “impaciente” quando mais jovem e olha que não sou das gerações “Y” ou “Z”; talvez uns digam que a maternidade tenha me ajudado, o que eu concordo plenamente mas, não foi a única; a maturidade, na minha opinião, é a palavra mais correta para definir o que acredito ser a base para alcançar esta virtude tão desejada e necessária, em especial, nos dias de hoje, quando a intolerância é a palavra mais praticada por tantos.

Mas por que eu me chamei de “impaciente” mesmo?

Ah! Quando comecei o meu 1° e único estágio em 1900 e bolinha na área de vendas de uma empresa de tecnologia, tudo era flores.

Adorava atender o telefone, principalmente quando recebia reclamações ou problemas para resolver, adorava fazer kits de materiais promocionais para clientes e parceiros, “passar fax” para a gerente da área, montar pastas para eventos para ajudar o departamento de marketing, tirar cópia de contratos para o VP de vendas, enfim, tudo era lindo no começo mas, com o tempo, comecei a ficar desmotivada com aquelas funções tão operacionais afinal eu estava na faculdade de Administração de Empresas, falava inglês e espanhol fluentes e tinha muitas outras qualidades que não estavam sendo utilizadas. Minha sensação era que eu estava sendo sub-utilizada e esta sensação era horrível, pois sabia que, para crescer na empresa, tinha que fazer com que meus diferenciais fossem valorizados pelos meus chefes.

Passados uns 9 meses comecei a ficar inquieta, impaciente com aquele cenário. Ainda que as funções operacionais não fossem as únicas e eu tivesse outras coisas interessantes para fazer, elas ainda eram parte das minhas responsabilidades e tinham que ser executadas com o mesmo nível de qualidade e com a mesma energia das outras. Só uma nota, me lembro que fiz até a mudança de escritório da equipe, embalando, encaixotando e catalogando tudo que ia ser transferido de um escritório para o outro.

Estava ficando difícil manter o bom humor pois o stress só aumentava e eu ainda tinha que conciliar a faculdade no período noturno. Com 1 ano de empresa, minha “paciência” já tinha acabado e decidi que ia mudar de área pois não aguentava mais ser a “secretária” de todos. Fui então participar de um processo seletivo para estágio em outro departamento da mesma empresa.

Durante a entrevista, fiz tantas perguntas para entender quais seriam as minhas funções, quanto de trabalho operacional teria que fazer, como eu seria avaliada, … que o diretor perguntou: “Afinal, sou eu quem está te entrevistando ou você está me entrevistando?“ foi quando percebi que estaria começando do zero nesta nova área e que independente da área, trabalho operacional sempre sobra para o “estagiário” e que se tivesse mais “paciência” na outra, minha vez chegaria, mais cedo ou mais tarde.

Afinal, já fazia mais de um ano que estava ali, me conheciam, viam o meu trabalho, tinha atividades que só eu fazia (mesmo as chatas) mas que alguém tinha de fazê-las e sabia que se demonstrasse melhor minhas qualidades, conseguiria minha promoção, minha contratação.

Então fui aproveitando as pequenas oportunidades que iam surgindo… principalmente ao atender telefone. Sabia que se fizesse um bom atendimento, seria “reconhecida”, então caprichava. Nas oportunidades que tinha de falar inglês então, ….nesta hora, até falava um pouco mais alto para ver se meu chefe escutava. Boa tática, não é?

Eu acreditava no meu potencial de crescer e com este objetivo definido coloquei em prática meu plano de ação.

Estudei bastante a linha de produtos, fiz relacionamentos com clientes e parceiros, preparei um relatório de atividades com todos os meus resultados até aquele momento e apresentei para o meu chefe. Foi quando disse para ele que queria mudar de função e a parte boa, é que ele não hesitou em me dar ua nova oportunidade (uma de várias – por isto sou muito grata a ele pois sempre acreditou em mim, no meu trabalho).

Se tivesse mudado de área e não tivesse tido “paciência” talvez não tivesse ficado nesta empresa por mais de 16 anos. Amo esta empresa (amei desde o meu 1o dia), aprendi tudo o que sei lá, conheci, aprendi e colaborei com pessoas maravilhosas! Tenho muito orgulho de ter trabalhado lá e ter construído uma carreira tão feliz e com tantos aprendizados!

É claro que tive outros momentos nesta empresa onde tive que ter paciência para alcançar um objetivo fosse ele uma promoção ou mesmo, fechar aquela negociação com aquele cliente, ser convidada para aquela reunião, ser palestrante naquele evento entre outros.

Ter paciência também foi essencial para que eu alcançasse objetivos na minha vida pessoal, como um dos maiores, que era o sonho de ser mãe.

Hoje estou certa que tomei as melhores decisões mas sem dúvida elas só foram possíveis porque tive paciência, refleti sobre cada uma delas, compartilhei minhas dúvidas com pessoas nas quais confiava, respeitei suas opiniões, segui bons conselhos (em especial daquelas pessoais que mais amo) e no final, tudo deu certo!

Mas se tiver que te dar uma dica… “tenha paciência”!

Um grande abraço e até a próxima!


 
 
 

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