Dia das Mães
- Daniela Costa
- 14 de mai. de 2016
- 3 min de leitura

É fácil eu me emocionar com filmes, posts e fotos que demonstram o amor de mães e filhos. Quem não? E quando penso no Dia das Mães não tem como não pensar nos grandes exemplos que tenho em minha família: minha mãe, minha avó, minha sogra, minha segunda mãe, minha madrinha… e com você deve ser igual, a mesma sensação de ter aprendido e ainda aprender todos os dias com elas. Mas e eu? Como me tornei mãe? Não foi simples não… pelo contrário; me lembro do dia em que o médico (um renomado doutor) disse que nunca teria filhos. Se você nunca pensou nesta situação pense porque hoje são muitas, muitas mulheres e casais que têm problemas e que já escutaram esta frase de um médico. O mundo se acaba em instantes. Parece que tudo deixa de ter sentido na vida. Não foi fácil não… passei quase um ano tentando “digerir” sozinha a notícia de que não seria mãe; passei quase um ano aprendendo a lidar com uma situação a qual achava não ter controle, solução. Fui até buscar ajuda de uma psicóloga e me lembro que na primeira sessão ela me perguntou: “o seu sonho era ser mãe?” Pensei um pouco e respondi: “Não doutora, para mim isto não era sonho, era um fato, uma realidade.” Jamais tinha pensado que passaria por esta situação. Não estava satisfeita com o fato de não poder engravidar e mesmo depois de um ano ainda estava muito triste com aquela situação e resolvi compartilhar o problema com a minha mãe. Aquela pessoa que sabe sempre o que dizer nos momentos mais difíceis. Com a praticidade de sempre ela disse no carioquês de sempre: “Primeiro vamos pedir para Deus, porque a medicina só vai até certo ponto”; segundo vamos mudar de médico, buscar novas opiniões e alternativas de tratamento.”Segui seu conselho e a resposta veio do novo médico através de uma pergunta: “Quanto filhos você quer ter?” Nesta hora já sabia que um milagre aconteceria comigo e em um mês de tratamento já estava grávida de trigêmeos. Não foi uma gravidez complexa e cheia de problemas, apesar de ter sido uma gravidez de múltiplos; durante a gravidez o único problema que tive foi o médico ter me esquecido na sala de cirurgia por mais de 1 hora para fazer um processo de cerclagem (um pequeno detalhe). Os problemas mais difíceis só apareceram após o nascimento dos meninos pois foram prematuros e acabaram pegando uma bactéria que fez com que eu ficasse sem os bebês por mais de 20 dias (o último saiu do hospital após 50 dias). Mas é nesta hora que tive mais uma vez a voz sábia da minha mãe que repete a mesma frase “Primeiro vamos pedir para Deus, porque a medicina só vai até certo ponto…” e novamente Deus foi muito generoso comigo pois meus bebês se recuperaram com o apoio de uma equipe médica maravilhosa (em especial o meu pediatra) e estão saudáveis e felizes. Mas não foi toda esta luta para ter os bebês que me tornou mãe. Me tornei mãe quando comecei a agir, sem pensar, como a minha mãe, minha avó, minha sogra, minha segunda mãe, minha madrinha, dando aos meus 3 pequenininhos toda a minha dedicação, conhecimento e amor. Enfim todo o meu amor!
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