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A Primeira Entrevista

  • Daniela Costa
  • 30 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Ainda me lembro como se fosse ontem da minha primeira entrevista de trabalho “formal”. Formal porque sempre trabalhei fazendo “bicos” de recepcionista e secretária para minha mãe. Sempre na verdade não, mas tinha no máximo uns 12 anos quando comecei a montar pastas de eventos, organizar crachás em ordem alfabética, datilografar certificados de participação de eventos entre outras atividades para ganhar um dinheirinho “extra” da minha mãe.


Estes trabalhos “informais” foram um enorme aprendizado para mim, pois enfim, quando cheguei naquela primeira entrevista, eu já sabia fazer muita coisa, já tinha experiência apesar da entrevista ser para o meu primeiro emprego.


Lembro-me que fui para a primeira entrevista de ônibus, como qualquer pessoa “normal” (ainda que hoje o pessoal aqui da “firma” aposte que nunca peguei um “busão”) e desci na Joaquim Floriano, onde era o escritório da empresa de consultoria que estava participando de um processo de seleção para a vaga de secretária bilíngue.


Eu tinha só 19 anos e tinha acabado de entrar na faculdade.


Chegar naquele escritório lindo me deixou um pouco nervosa, o que é comum, mas na época eu ainda não estava tão acostumada a gerenciar esta ansiedade e nervosismo.


Não me lembro bem como me preparei para a entrevista (já faz 20 anos!!!), mas tenho certeza de que estava com o currículo impresso em mãos e que tinha consultado o meu Google da época, o meu pai, para saber da empresa, afinal naquela época Internet não era algo tão simples.

Fui bem na primeira entrevista. Na segunda, que era com o presidente da empresa para quem eu iria me reportar, a história foi um pouco diferente.


Lembro-me que era um Sr. simpático e também da primeira pergunta que ele me fez na época: “Por que você quer ser uma secretária bilíngue?”

Também me lembro da minha resposta: “Quero minha independência financeira!”


Ainda dou risadas quando me lembro de tudo isto! Mas o final da história… bom, a verdade é que não fui contratada, pois ele, de forma bem direta, mas muito educada disse: “Você tem qualidades e sonhos que vão muito além do que poderei te oferecer aqui; você precisa seguir os seus sonhos, e encontrar uma vaga com a qual se identifique e que seja um caminho para você alcançá-los!”


Voltei muito frustrada para a casa, mas hoje sei que ele tinha razão.


Existem muitos livros e materiais sobre como fazer uma entrevista, mas para mim, após quase 20 anos de carreira, o mais importante ainda é buscar uma vaga onde as suas qualidades, experiências de vida e profissionais possam agregar e que te ofereça perspectivas para alcançar seus objetivos. Esta combinação com certeza te dará mais confiança durante o processo de seleção.


Mas não poderia parar este “post” por aqui, afinal tenho muita experiência como entrevistadora e gostaria muito de compartilhar um pouco desta experiência com vocês. Então aqui seguem algumas dicas e exemplos que vivenciei para ajudá-los no que fazer durante o 1º processo seletivo:


1) Antes da entrevista


Nunca se esqueça de que “a primeira impressão é a que fica”. Seja pontual, e na preparação para a entrevista, é obrigatória a pesquisa completa sobre a empresa, seus valores, seu negócio, sua reputação no mercado. É sempre bom verificar se a empresa exige um “dress code” (traje) mais casual ou mais conservador.


Entrevistei candidatos que não se deram o trabalho de entrar no site da empresa ou de perguntar (é, perguntar mesmo!) se existia um “dress code” a ser seguido. Aparecer de camisa de flanela xadrez amarrada na cintura e tênis pode não ser adequado assim como saltos plataforma de “acrílico” ou decotes exagerados, mesmo sendo moda. Opte pelo “neutro”!


2) Durante a entrevista


Segurar o nervosismo e a ansiedade nem sempre é fácil, mas evite demonstrar! Para isto, treine em casa com um script de perguntas e respostas e crie um racional da sua história e suas experiências, seja simpático e sempre fale a verdade.


Por exemplo, se você não tiver inglês “fluente”, ou seja, você fala, lê e escreve a outra língua como a sua nativa, não coloque no seu currículo, ou fará um papelão com o entrevistador que poderá fazer um teste com você na hora da entrevista, sem aviso prévio; isto já aconteceu comigo várias vezes!


Também me lembro de um candidato que, de tão nervoso, girava na cadeira de um lado para outro.


Como disse anteriormente, treinar é ótimo e evita que você cometa erros graves de português, o comum “deu branco” e o uso excessivo de gírias. Lembro-me de uma candidata que falou uns “100 tipos” nos primeiros minutos da entrevista. Fiquei horrorizada!


3) Após a entrevista


Como a concorrência é grande, é aconselhável fazer um “follow up” com o entrevistador. Agradeça seu tempo e demonstre seu interesse por e-mail ou por LinkedIn. Não recomendo fazer convites no Facebook ou enviar mensagens por Whatsapp.


Um grande abraço e boa sorte a todos vocês!


Fonte: www.danielatrigemeos.com e distribuição autorizada pelo Vamos Subir.


 
 
 

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